Construir coletivamente as matrizes curriculares das Escolas Indígenas que funcionam nas comunidades Xukuru Kariri e Território Kamakã Mongoió, em endereços vinculados às Escola Estadual Paulo Neto Alkimim, de Brumadinho, tem sido uma atividade constante das Diretorias Educacionais A e B da Superintendência Regional de Ensino Metropolitana A.
Com uma série de visitas realizadas previamente à instalação da unidade escolar Xucuru Kariri, diversas reuniões realizadas com a Equipe da Diretoria de Modalidades Temáticas Especiais e várias dificuldades encontradas, por serem experiências ainda não vivenciadas pelas equipes da SRE Metropolitana A, em novembro de 2022 foi dado início a primeira unidade Escolar Indígena XUCURU KARIRI ARAPOWÂ KAKYÁ.
As últimas visitas às comunidades ocorreram em 23 de março de 2023, nas quais foram feitas reuniões para repasse de orientações acerca das matrizes curriculares do Novo Ensino Médio Regular e EJA Ensino Médio para o ano de 2024, mas, sobretudo, a fim de reiterar a importância da autonomia das lideranças indígenas e professores para escolherem os conteúdos que contemplem a cultura dos povos originários, respeitando as etnias e os costumes.
Nesse sentido, o cacique Carlos José da Silva, da comunidade Xukuru-Kariri, solicitou à SRE que seja feito o desmembramento dos conteúdos de Língua Indígena Xukuru, Jogos Indígenas e demais conteúdos que fazem parte da cultura de seu povo. Também foi abordada a contratação de professor para atuação na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Já no Território Kamakã-Mongoió, foi solicitada à SRE Metropolitana A a apostila que trata das Diretrizes Nacionais da Educação Indígena, tendo sido providenciadas duas cópias, uma para cada comunidade. No Território, foram registradas algumas das atividades escolares produzidas pelos alunos, orientados pelos (as) docentes.
Participaram das reuniões pela SRE Metropolitana A, o Inspetor Weslley Lyon Pereira de Almeida, o Analista Celso Bouzada; a Diretora da EE Paulo Neto Alkimim, Elania Amabis, e a Secretaria da entidade Eunice; pela comunidade Xukuru-Kariri, o cacique Carlos Silva, e o vice-cacique Pedro Ramos; e pelo Território Kamakã-Mongoió, os (as) docentes.
Outras demandas que surgirem da Educação Indígena serão prontamente discutidas com as comunidades, para tomada de decisões coletivas.
Com os avanços, resultado do diálogo entre a equipe da SRE Metropolitana A e as lideranças indígenas, temos muito o que comemorar no dia que se comemora o Dia dos povos originários indígenas.
