Não há dúvida de que projetos educacionais diferenciados são fundamentais no desenvolvimento das atividades escolares para aprimorar o processo de ensino e aprendizagem. E é isso que tem feito a Escola Estadual Deniz Vale, em Nova Lima, se destacar.

Os estudantes do primeiro e segundo anos do ensino médio participaram de um projeto interdisciplinar que tem como objetivo simular a colonização do planeta  Marte, com recursos advindos da Terra.

O projeto agregou as disciplinas de Núcleo de Inovação Matemática, Biotecnologia e Física, com a efetiva participação de seus professores, perpassando pelos conteúdos que os jovens já tiveram acesso. A metodologia aplicada para  terraformar o planeta Marte utilizou uma tela interativa, notebooks, tabelas de pesquisas no formato impresso, o jogo Surviving Mars, o Jornal Lupa como referência bibliográfica e ainda o filme Perdido em Marte. 

Durante o projeto, os alunos tiveram o objetivo de  explorar as áreas de pesquisas inseridas no jogo, como robótica, biotecnologia, física, engenharias e o aspecto social. Eles também precisaram realizar estudos estatísticos referentes à incidência de meteoros, tempestades de areia e regiões com abundância aquífera e descobrir novas tecnologias em solo marciano que possam beneficiar a terra, como metais e concretos. Além disso, os jovens ainda utilizaram energias sustentáveis para colonizar Marte, bem como precisaram monitorar as finanças de investimentos e de gastos durante uma exploração espacial e investigar assuntos relacionados à botânica.

De acordo com o Matheus Linhares, professor da disciplina Núcleo de Inovação Matemática, o projeto, dentre outros objetivos, buscou despertar nos estudantes a curiosidade e possibilidade de ter acesso a conteúdos científicos por meio das mídias digitais. Ele destaca que ao final do projeto, os professores disponibilizaram uma avaliação referente ao desempenho e a ciência por trás do jogo.

Thayane Cristina Silva Martiniano, de 16 anos, uma das alunas que integrou o projeto conta como a experiência agregou na aprendizagem e no interesse pelas aulas. “Eu gostei bastante dele, pois despertou em mim um lado totalmente criativo e lógico no qual me fez ter experiências incríveis ao decorrer da jornada. Acho que essa forma de ensino faz com que os alunos tenham a percepção de trabalho em equipe na prática, pois todas as áreas que o jogo possui dependem uma da outra, sem contar que deixa a aula mais interessantes e divertidas. ” 

Já o estudante Erick Willian Carvalho, também do 1° ano, avalia que foi uma grande experiência no período escolar de 2023, deixando as aulas mais leves. “Colonizar um planeta que jamais sonharia que um dia poderia abrigar vida é uma boa experiência para qualquer aluno. Esse formato de aprendizado poderia ser aplicado sempre que possível. Não dá nem para ver o tempo passar e naturalmente ficamos acostumados com os conceitos de todas aquelas coisas complicadas da sala de aula.”

“Achei bastante funcional, é um formato que realmente ‘gruda’ a atenção das pessoas que se interessam e também é muito divertido, ainda mais quando se trata de um jogo. Foi bem legal, interessante e divertido, nele nós pudemos ter um pouco da ideia de como todas as coisas em relação a colonizar outros planetas funciona, além nós termos uma experiência bem diferente da que nós temos normalmente no nosso dia a dia escolar”, ressalta Guilherme Silva Camba, de 15 anos, também aluno do primeiro ano na escola. 

Matheus Linhares, professor e idealizador do projeto, afirma que variar as formas de ensino tem a capacidade de incentivar o interesse dos alunos nos conteúdos escolares, aproximando-os das disciplinas. “Acredito que as metodologias ativas e o trabalho interdisciplinar devem estar presentes nas escolas por corroborar com a integração social, sobretudo com a valorização do conhecimento. Esse projeto vai além do ensino tradicional, pois ele coloca o estudante em primeiro plano na qual ele vai em busca de diferentes formas de aprendizagem, pesquisas e curiosidades”.  

 

 

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